Suplementação alimentar pode ajudar na regeneração da cartilagem?

De acordo com uma matéria publicada pelo Dr. Adriano Leonardi, no site do Globo Esporte: “O tratamento das lesões cartilaginosas e da artrose do joelho tem sido um grande desafio para a medicina esportiva. Nos últimos anos, com a melhor compreensão da biologia e da cicatrização do tecido cartilaginoso, um grande arsenal terapêutico, envolvendo desde a fisioterapia e fortalecimento muscular, infiltrações e procedimentos cirúrgicos, tem sido desenvolvido. Nem todos com taxas de sucesso satisfatórias, principalmente entre atletas (…). Um estudo intrigante de 2004, no qual metade dos voluntários tomou glicosamina e a outra metade ingeriu placebo, reportou melhoria de sintomas, mas não houve diferença no resultado entre os grupos. Outro estudo publicado na revista New England Journal of Medicine, no qual foram administrados glucosamina, condroitina, glucosamina e condroitina em conjunto, um anti-inflamatório e um placebo, teve como surpreendente resultado maior taxa de melhoria de sintomas no grupo onde o placebo foi administrado.” Fico me perguntando por que a maioria das pessoas não querem suar a camisa, querem resolver suas dores da maneira mais fácil, mesmo que “doa no bolso”. Ou será que perdemos tanta confiança e credibilidade no meio profissional? Prefiro acreditar na primeira hipótese… Existem estudos desde 1948 (DeLorme e Watkins) falando em fortalecimento e tratamento da dor. Por que demoramos tanto tempo para compreender como funciona? No estudo de Kjaer et al. (2013) sobre inflamação, a carga mecânica fisiológica em seres humanos é suportada independentemente do processo inflamatório presente e também se mostra benéfica estimulando o aumento dos níveis de mediadores inflamatórios na área peritendinosa devido ao aumento de fluxo sanguíneo e síntese de colágeno peritendinoso no tendão induzido pelo exercício. O exercício resistido pode proteger contra a degradação da matriz. Se a maioria da população tivesse a compreensão real destes benefícios, não teríamos mais vagas nas academias, entretanto eu volto na questão, será então que faltam profissionais qualificados?

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