É muito comum um paciente com dor chegar desesperado com o exame de imagem com um diagnóstico assustador, entretanto é extremamente importante uma avaliação geral do paciente e de todo o contexto histórico da lesão.
De acordo com Goldman Cecil Medicine (2012), os exames de imagem excederam vastamente a anamnese e exame clínico como “padrão-ouro” para o diagnóstico de patologias. Há uma correlação fraca entre os achados na ressonância magnética (RM) e a intensidade das dores na coluna, com mais de 50% dos indivíduos assintomáticos apresentando anormalidades nos filmes lombar, torácico e cervical. Estudos anteriores mostraram que nem radiografias nem estudos de ressonância magnética afetam os resultados do tratamento, e é improvável que afetem a tomada de decisão; na verdade, exames de imagem redundantes podem levar a procedimentos desnecessários.
No estudo de, Ash et al., (2008), avaliou 246 Pacientes – com dor lombar aguda (150) e radiculopatia (96). Não houve alterações significativas entre os diagnósticos clínicos iniciais, para especificar a conduta do tratamento, entre os achados no exame de RM. Consideram mais sensato orientar o paciente sobre a dor e encaminhar para avaliação fisioterapêutica, e evitar o pedido de RM desnecessário prevenindo potenciais cirurgias na coluna que os achados de RM podem solicitar. Isto incluiu aconselhamento ao paciente para evitar repouso no leito e continuar tão ativamente quanto possível, da sua rotina diária conforme permitido pela sua dor.
De acordo com estas pesquisas e com a prática clínica, vejo a importância de um bom profissional, ao receber um diagnóstico de imagem, aplicá-lo dentro da individualidade do paciente, pois um paciente sedentário com a mesma lesão de um paciente treinado deverá ser tratado com protocolos muito diferenciados. É a condição física do indivíduo que impõe a medida específica utilizada no tratamento.
Chega de sentir dor!!!!