Dor Neuropática x Dor Nociceptiva

Ocorre uma divergência de diagnósticos médicos relacionados à dor neuropática e dor nociceptiva e inúmeras pessoas acabam sendo submetidas a tratamentos ineficazes e/ou prejudiciais à sua saúde, como imobilizações e cirurgias desnecessárias e até mesmo a utilização de medicamentos “eternos” cujos efeitos colaterais geram consequências deletérias ao organismo.
A Dor Neuropática é resultante de doença ou lesão do sistema nervoso comprometendo a sua função, como traumatismo, doenças infecciosas – herpes zoster, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral (derrame), etc. Os sintomas são a perda de sensação, dormência, formigamento e outros sugestivos de disfunção sensorial como “queimando”, “pulsando” e “descarga elétrica”.
Doenças como fibromialgia e hérnia de disco, geram sintomas similares aos neuropáticos devido à compressão e irritação do pinçamento do nervo assim como as ciatalgias e síndromes do desfiladeiro torácico, são lesões causadas por espasmos musculares devido à fraqueza dos mesmos por não fixarem as vértebras ou não tolerar determinada atividade, mas são equivocadamente diagnosticadas e tratadas como uma lesão neural. Na dor neuropática não há transdução (conversão de um estímulo nociceptivo em um impulso elétrico, como ocorre nos mecanismos da dor). Uma razão para a alta taxa de prevalência de dor crônica, e dor neuropática em particular, é a falta de tratamentos eficazes.
A Dor Nociceptiva – resulta de uma lesão ou doença que afeta estruturas somáticas como pele, músculo, tendões e ligamentos, ossos e articulações. É identificada através de compressão, palpitante e dolorida, como dor inflamatória aguda ou artralgias.
Um quadro inflamatório intenso de dor nociceptiva pode gerar consequentemente “compressão” nos nervos e causar sintomas da dor neuropática, isso caracteriza estas entidades como diferentes pontos no mesmo contexto. Parece haver uma classificação equivocada do ponto de vista clínico, quando não se identifica por meio de exames a dor é classificada como neuropática. (Cohen & Mao 2014).
Um bom diagnóstico e sua real interpretação é essencial para realização de um tratamento eficiente.

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